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Descontentamento da população chega ao Supremo, segundo pesquisa

Advogado em Rio Preto | Amorim Assessoria Jurídica > ADI  > Descontentamento da população chega ao Supremo, segundo pesquisa

Descontentamento da população chega ao Supremo, segundo pesquisa

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O descontentamento da população brasileira “contra tudo o que está aí” parece ter alcançado o topo do Poder Judiciário. De acordo com pesquisa elaborada pelo instituto Ipsos e divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo na edição deste domingo (27/8), houve grande aumento da desaprovação a ministros do Supremo Tribunal Federal entre julho e agosto deste ano. Os resultados da pesquisa do instituto coincidem com outra divulgada recentemente pela Fundação Getúlio Vargas apontando que a confiança da população na Justiça e no Ministério Público diminuiu 20% em 2017.

O Ipsos avaliou a presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, Luiz Edson Fachin, relator dos casos relacionados à “lava jato”, e Gilmar Mendes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Conforme a pesquisa, Gilmar é o pior avaliado pela população. Em agosto, sua taxa de desaprovação subiu de 58% para 67%. Desde abril, o aumento foi de 24 pontos porcentuais. A avaliação crítica é maior nas faixas mais escolarizadas: chega a 80% entre os brasileiros com curso superior, e é de 50% entre os sem instrução.

O descontentamento com Gilmar cresceu ao mesmo tempo em que ele ficou mais conhecido: até maio, mais da metade da população (53%) não sabia dele o suficiente para opinar. Agora, esse índice caiu para 30%, segundo a pesquisa.

Cármen Lúcia teve aumento de 11 pontos porcentuais em sua taxa de desaprovação entre julho e agosto, de 36% para 47%. Já sua aprovação está em 31% – queda de cinco pontos porcentuais em um mês e de 20 pontos desde janeiro. A avaliação favorável de Fachin caiu, em um mês, de 45% para 38%, enquanto a desfavorável subiu de 41% para 51%.

O Instituto Ipsos perguntou também para a população que avaliasse membros do Ministério Público Federal, o juiz Sergio Moro, responsável pelos casos da “lava jato” em Curitiba, e Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF.

Rodrigo Janot, procurador-geral da República, teve seu desempenho reprovado por 52% dos entrevistados. A avaliação favorável ficou em 22%. O titular da 13ª Vara Federal de Curitiba teve seu desempenho aprovado por mais da metade da população (55%). Sua taxa de desaprovação, porém, subiu nove pontos porcentuais no último mês, de 28% para 37% – o ponto mais alto na série histórica do Ipsos, que teve início em agosto de 2015. Barbosa mantém índice elevado de aprovação, apesar de queda do índice. O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da operação em Curitiba, também sofreu desgaste.

Na opinião de Danilo Cersosimo, um dos responsáveis pela pesquisa, o aumento do descontentamento com o Judiciário pode estar relacionado à percepção de que a “lava jato” não trará muitos resultados. “Há uma percepção de que a sangria foi estancada, de que a Lava Jato foi enfraquecida”, disse.

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Advogado em São José do Rio Preto

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