Debate sobre questão da insegurança no centro tem participação da OAB SP — OAB SP
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Investimentos em iluminação, limpeza e programação cultural, além da necessária ocupação e policiamento, foram alguns dos caminhos apontados para solucionar a questão da insegurança no centro da capital paulista em mesa de debates no Fórum Revitalização do Centro, realizado no novo prédio do Sesc 24 de Maio, nos dias 19 e 20/09. O presidente da Seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos da Costa, participou da discussão promovida (20/09) pela Folha de S.Paulo, que também contou com as presenças de Marco Antonio Ramos de Almeida, vice-presidente da Associação Viva o Centro, e de Luiz Guilherme Paiva, ex-secretário Nacional de Política de Drogas.
Mediada pelo jornalista Giba Bergamim, a mesa “A questão da insegurança” foi precedida pela apresentação de dados referentes aos índices de violência da região central. As estatísticas revelam que entre janeiro e abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2016, o número de roubos e furtos teve um crescimento acima da média na região central. “Enquanto os roubos em geral tiveram um aumento de 2,6% na capital, na área que envolve Sé, Bom Retiro, Campos Elíseos, Consolação e Santa Cecília, o crescimento foi de 29%. Na mesma região, o aumento dos furtos foi de 32%. Na capital, como um todo, de 10%”, introduziu Giba Bergamim, que recordou ainda da ação promovida pela prefeitura e o governo do Estado no mês de maio para combater o tráfico na região da cracolândia.
Para o vice-presidente da Associação Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de Almeida, a falta de cuidado aumenta o medo da população. “Muito mais do que o aumento do número de policiais, a manutenção da limpeza e a iluminação adequada, assim como o funcionamento dos estabelecimentos comerciais com tranquilidade, são fundamentais para o aumento da sensação de segurança de quem circula pelo centro. Um local extremamente policiado, como um aeroporto, no qual os policiais portam fuzis, o clima de insegurança é ainda maior”, pontuou Almeida, que acredita na reestruturação como uma alternativa para o aumento da sensação de segurança.
Na mesma linha, Luiz Guilherme Paiva, ex-secretário Nacional de Política de Drogas, acrescentou que sentir-se inseguro, por si só, é um problema. “Existe uma discussão prolífica em criminologia de que a sensação de insegurança, ainda que ela não esteja fundada em dados concretos, afasta as pessoas dos lugares e segrega”, relatou Paiva, para completar que também existe relação entre a sensação de insegurança e o uso de drogas em lugares públicos. “Temos na região da Luz, pejorativamente chamada de cracolândia, uma situação característica do centro da cidade que passa por problemas semelhantes aos centros de grandes cidades do mundo. Então, precisamos deixar de imaginar que a situação do uso de drogas no centro de São Paulo é um fenômeno absolutamente particular e aumentar a nossa possibilidade de intervenções como aconteceu em outras cidades do mundo”, propôs.
Marcos da Costa, presidente da OAB SP, acredita num trabalho conjunto envolvendo saúde, serviço social, segurança pública e urbanismo para afastar a criminalidade e inibir o uso de drogas no centro da cidade. Para o dirigente da Secional paulista, só quando a sociedade voltar a frequentar a região o cenário será alterado definitivamente. “Devemos ocupar o centro com o que é a sua vocação: gastronomia, serviços e cultura”, sugeriu Costa. “Já possuímos infraestrutura e uma arquitetura belíssima, basta ver o centro de cima. Precisamos ter a consciência da sua importância para fazer com que ele volte a ter o papel fundamental de palco de grandes manifestações da sociedade”, concluiu.
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Advogado em São José do Rio Preto