Doenças de pele infectam mais de 2 mil detentos no Distrito Federal
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Apesar de a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal afirmar que o problema está sob controle, a quantidade de detentos no DF com doenças de pele contagiosas só aumenta. Há 10 dias, 692 presos estavam infectados. Nesta semana, o número saltou para 2.095.
As enfermidades também se multiplicaram. Além de escabiose (sarna) e impetigo, nos últimos dias foram encontrados casos de tinea (micose), pitiríase e furunculose. Todas são altamente transmissíveis e provocam coceira, feridas e bolhas purulentas.
Quando foi divulgado o primeiro balanço sobre as doenças de pele nos presídios da capital, o governo local se apressou em garantir que a situação estava controlada e que não havia epidemia. O Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindpen-DF), entretanto, sempre questionou a informação.
“Se não tomarem uma medida eficaz, fazerem um tratamento verdadeiro, e não só passar uma pomadinha, mais gente pode ser contaminada. Temos quase 20% da população carcerária infectada. Se isso não for uma epidemia, eu não sei o que é”, lamenta o presidente do Sindpen-DF, Leandro Alan.
Ele diz acreditar que isso é resultado do descumprimento da Lei de Execuções Penais, que prevê assistência médica contínua aos internos, o que não vem acontecendo. “O sistema carcerário não consegue oferecer sequer as horas de banho de sol previstas em lei, devido à superlotação.”
Leandro Alan afirma que pode haver mais presos com doenças de pele do que o indicado pelos dados oficiais. “Não tem como ter controle se em uma cela que cabem quatro pessoas, hoje, estão dormindo 18. De um dia para o outro, isso pode se multiplicar.”
A quantidade de unidades atingidas também aumentou. Em princípio, o Executivo local admitia a existência das enfermidades apenas na Penitenciária do Distrito Federal 1 (PDF 1) e no Centro de Detenção Provisória (CDP). Agora, há detentos infectados em cinco das seis unidades que compõem o sistema prisional do DF.
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Advogado em São José do Rio Preto