Cinco mil indígenas serão beneficiados com novas CTL’s de MT e RO — Ministério da Justiça e Segurança Pública
[ad_1]
por
publicado:
04/09/2017 16h38
última modificação:
04/09/2017 16h42
Brasília, 4/9/17 – “Nunca recebemos a visita de um presidente da Funai”. Essa era a frase mais escutada pelo presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, em visita às comunidades dos municípios mato-grossenses de Tangará da Serra, Campo Novo dos Parecis e Sapezal e Vilhena (RO), na semana passada (27 a 30 de agosto). Franklimberg fez questão de ir pessoalmente inaugurar as quatro Coordenações Técnicas Locais que atenderão a mais de cinco mil indígenas, e ouviu todas reinvindicações e necessidades das lideranças da região.
“Fico muito feliz por poder vir até a ponta e ver in loco as necessidades que nossos indígenas estão passando. Poder inaugurar essas CTL’s, todas com prédio próprio da Funai, é uma satisfação imensa. Os recursos que gastaríamos com aluguel serão revertidos para atender às comunidades, que precisam de saúde e educação de qualidade e de recursos para se auto sustentarem e gerarem renda”, comemorou o presidente.
Geração de renda
Em Mato Grosso, as comunidades indígenas têm se destacado no plantio de grãos, como soja, milho, mandioca, abóbora, batata, batata-doce, feijão, entre outros. Há quatro anos, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta com cinco associações dos povos Pareci, Nambikwára e Manoki e fornecedores não-indígenas de insumos para o desenvolvimento das atividades produtivas em cinco Terras Indígenas, que somam mais de 18 mil hectares. O TAC vigora até setembro de 2018, e, a partir de então, as comunidades assumirão a gestão das lavouras.
O presidente da Funai explica que, de acordo com a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), os indígenas têm o direito de escolherem seu modelo de desenvolvimento econômico. “A maioria das reivindicações que encontramos nesses municípios foi em relação ao apoio da Funai para que as comunidades possam plantar em suas terras. Estou tendo a oportunidade de conhecer o trabalho que os Pareci têm feito ao vivo e a cores, o que me deixa muito emocionado. Eu sei que se eles não puderem plantar, irão para a beira da estrada, pedir esmolas. Não podemos permitir que isso aconteça”, ressaltou Franklimberg.
Tangará da Serra
O presidente da Funai inaugurou a Coordenação Técnica Local de Tangará da Serra no dia 28 de agosto. O prédio foi cedido pela prefeitura do município e fica ao lado da Associação Waymaré, que recebe indígenas que vem de fora da região e universitários. A CTL atenderá a mais de três mil indígenas.
“A vinda do presidente da Funai à nossa região traz a esperança de que as políticas públicas indígenas serão de fato implantadas. O senhor é muito bem-vindo”, disse o coordenador da CTL, Martins Toledo de Melo.
Ainda em Tangara da Serra, Franklimberg visitou a aldeia Rio Verde, da etnia Pareci. Lá vivem cerca de 700 indígenas, mais de 40 já estão graduados. A aldeia tem posto de saúde de atenção básica e uma escola bilíngue. O cacique-geral João Garimpeiro recebeu o presidente da Funai com muita festa e o presenteou com um cocar. As lideranças reivindicaram o projeto de lavoura e a demarcação das Terras Indígenas de Uirapuru, Ponte da Pedra e Estação Rondon.
“O projeto agrícola restaurou o povo Pareci, trouxe de volta nossa esperança e sustentabilidade, evitando que nossos jovens entrem para as drogas e nossas índias para a prostituição. Cada casinha que nós temos é fruto do projeto”, afirmou o cacique Carlito Pareci.
Campo Novo dos Parecis
Em campo Novo dos Parecis, o presidente da Funai foi recebido (dia 21) com muita dança pela comunidade indígena do cacique Rony Azoinace, da aldeia Wazare. Estavam presentes o prefeito Rafael machado e vereadores do município, o secretário de segurança, a polícia militar e representantes da Associação Waymaré.
O cacique Rony entregou ao presidente um projeto desenvolvido há três anos para visitação e eco turismo nas comunidades indígenas. Representando os caciques da região, a cacica Miriam Pareci pediu o fortalecimento da Funai e o apoio da instituição para projetos agrícolas de lavoura mecanizada.
“O senhor teve coragem para vir aqui ver o que o nosso povo precisa, coisa que nenhum presidente fez desde que estamos aqui. Nós trabalhamos juntos, e a inauguração da CTL, com prédio próprio, é mais uma força para os indígenas. Nós buscamos um meio de sobreviver, estamos em uma região produtiva, mas não podemos ficar parados. Todos trabalhando e índio parado? Isso não é o que queremos”, reivindicou a cacica.
Sapezal
Na terça-feira (29), em Sapezal, Franklimberg de Freitas foi recebido com muita alegria pelos povos Pareci, Nambikwára e Manoki. A nova CTL, que atenderá cerca de 400 indígenas, também tem prédio próprio, cedido pela prefeitura. O prefeito Valcir Casagrande, que compareceu à inauguração, também isentou o prédio do IPTU e disponibilizou um servidor indígena da prefeitura para trabalhar na CTL.
“Estamos tendo a oportunidade de inaugurar quatro Coordenações Técnicas Locais, todas em parceria com os municípios. Nosso objetivo único é melhorar o atendimento das comunidades e cumprir a missão institucional da Funai: promover e proteger os direitos dos povos indígenas”, destacou o presidente.
As lideranças locais entregaram à Franklimberg uma vasilha com vários grãos produzidos pelos indígenas e pediram apoio ao projeto agrícola na região.
Vilhena
Na quarta-feira (30), Franklimberg de Freitas chegou a Vilhena (RO), onde se reuniu com as etnias Suruí, Enawenê-nawê, Cinta Larga, Rikbaktsa, Apiaká, Kayabi e Arara. As comunidades reivindicaram principalmente o fortalecimento das coordenações regionais e técnicas locais que atendem esses povos e o desenvolvimento das lavouras em Terras Indígenas.
“Estamos muito satisfeitos que a CTL esteja concluída e em funcionamento. 63% da população do município são de indígenas, e, juntos com a prefeitura, queremos ouvir e atender melhor às comunidades da região”, disse o presidente da Funai.
ASCOM/Funai
[ad_2]
Advogado em São José do Rio Preto