Biografia de Luiz Gama será retratada em filme com apoio da OAB SP — OAB SP
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Proclamado o patrono da abolição da escravidão no Brasil, Luiz Gonzaga Pinto da Gama (1830-1882) terá sua vida retratada em um filme, dirigido pelo cineasta Jeferson De. Em visita à sede institucional da OAB SP, o diretor apresentou o projeto que levará o título de “Prisioneiro da Liberdade”, narrando a trajetória do homem negro que utilizou as leis e os tribunais para libertar mais de 500 escravos.
Personagem relevante da história nacional, Luiz Gama nasceu livre, mas foi vendido como escravo aos 10 anos de idade para pagar dívidas de jogo do seu pai. Mesmo como escravo, alfabetizou-se, estudou e conquistou a própria liberdade, tornando-se um libertador de escravos em sua época, ainda que não fosse considerado advogado. Em 2015, o Conselho Federal e a OAB SP conferiram o título de advogado a Luiz Gama.
Jeferson De enfatiza o papel desempenhado por Luiz Gama e a necessidade de a população conhecer a sua trajetória: “No cinema brasileiro, nas novelas e telejornais, é abordada a contribuição dos negros em questões folclóricas, de religiosidade, culinária, mas nunca pensamos historicamente qual foi a contribuição intelectual dos negros para a construção do país. Isso geralmente é muito delegado ao homem branco. Esse filme traz a contribuição da população negra na construção social e política do país. A luta é do Luiz Gama, mas contou com uma série de aliados, pessoas brancas, que o apoiaram”.
Produzido pela Paranoid Filmes, “Prisioneiro da Liberdade” conta com um elenco de conhecido pelo talento nas telas, como o ator Fabricio Boliveira no papel principal, Ailton Graça interpreta Santos, Caio Blat dá vida a Pedro, e as atrizes Dani Ornellas enquanto Francisca e Teka Romualdo como Ana. O projeto está na fase de captação de recursos, já tendo alcançado mais de 50% para sua realização via Agência Nacional de Cinema (Ancine). A previsão para início das filmagens é em fevereiro de 2019.
A OAB SP tem contribuindo dando maior visibilidade à biografia de Luiz Gama. “Foi através do direito e da educação, aprendendo a ler com um colega que estava cursando Direito no Largo São Francisco, que ele se imbuiu de força, dentro do espaço legal, para estabelecer a sua luta e conseguir a liberdade de tantas pessoas injustiçadas e escravizadas. É também um resgate do filme poder buscar essa parceria com pessoas e profissionais ligados ao direito brasileiro”, ressalta Jeferson De.
Cineasta militante da causa negra no audiovisual brasileiro, Jeferson De é autor do livro Dogma Feijoada (2005), que é uma análise histórica sobre a produção dos negros no cinema do país, e assina longas-metragens como Bróder (2010), O Amuleto (2015) e Correndo Atrás (em pós-produção), além de diversas séries e programas para televisão.
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Advogado em São José do Rio Preto